domingo, 11 de março de 2012

Sobre voto, palhaço e palhaçada.



O voto é a esperança que o eleitor deposita naquele em quem acredita ser a melhor opção para a gestão pública em todas as esferas. Porem, diante de poucas opções reais de mudança, desanimado, descrente, o eleitor resolve depositar este voto em forma de protestos em “figuras inusitadas da cultura brasileira”. Foi assim com o palhaço Tiririca que em 2010 recebeu 1,3 milhões de votos. O pitoresco de tudo isso não foi essa “pancada” de votos, mas sim o que o seu partido deseja fazer com seu cargo. Caso o partido do deputado Tiririca não seja “presenteado”, (com um ministério expressivo) “reverenciado” ou  “paparicado”  pelo governo federal,  na festa das coalizões, o partido ameaça emplacar o palhaço na corrida pela prefeitura de São Paulo.  Imaginem caros colegas leitores, Tiririca na prefeitura da maior cidade da America Latina. Tiririca virou “moeda de troca”, ou como queiram, um “super trunfo”, se lembram deste jogo? No momento oportuno apresenta-se o super trunfo (ano de eleições = momento oportuno) e se vence o jogo. Quando a palhaçada vence, fatalmente a sociedade pede. Esta modelo de “palhaçada” com os votos pode ocorrer também no âmbito municipal, ao se depositar o seu voto em um “personagem” que posteriormente poderá ser também uma moeda de troca e sabe-se lá nas mãos de quem.

Denis Matias
Professor Sociologia Ensino Médio