sexta-feira, 28 de junho de 2013

O que são Recursos Didáticos?

O que são Recursos Didáticos?

São componentes do ambiente de aprendizagem que estimulam o aluno. Pode ser o monitor, livros e recursos da natureza, etc.

Dessa forma, podemos ver que tudo o que se encontra no ambiente onde ocorre o processo ensino-aprendizagem pode se transformar em um ótimo recurso de didático, desde que utilizado de forma adequada e correta.

Não podemos nos esquecer que os recursos didáticos são instrumentos complementares que ajudam a transformar as idéias em fatos e em realidades.

Eles auxiliam na transferência de situações, experiências, demonstrações, sons, imagens e fatos para o campo da consciência, onde então eles se transmutam em idéias claras e inteligíveis.

Recursos didáticos são métodos pedagógicos empregados no ensino de algum conteúdo ou transmissão de informações.

Qual a função desses recursos:

Quando usamos de maneira adequada, os recursos de ensino colaboram para:

1- Motivar e despertar o interesse dos participantes;
2- Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;
3- Aproximar o participante da realidade;
4- Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem;
5- Oferecer informações e dados;
6- Permitir a fixação da aprendizagem;
7- Ilustrar noções mais abstratas;
8- Desenvolver a experimentação concreta.

terça-feira, 11 de junho de 2013

A angústia de ser Homem



A angústia de ser Homem


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As roupas de adulto que o Vergonha Rio Preto não veste
Luciano Alvarenga, Sociólogo

Há alguns anos escrevi um artigo, “A angústia de ser mulher”. Estes dias republiquei, e me desafiaram a escrever a angústia de ser homem. Confesso que demorei meses até o momento de redigir este texto e, mesmo assim ainda me sinto inseguro em tratar do assunto.
Em primeiro lugar é preciso dizer que a realidade das mulheres nas últimas décadas tem sido muito mais debatida, discutida e avaliada do que a dos homens e isso, naturalmente, em função de que as mulheres foram as grandes protagonistas das maiores transformações ocorridas no ocidente no século XX. Mas vamos aos homens.
A revolução feminina deslocou a identidade masculina. O homem, de ator principal na cena pública, ocupa hoje quase os mesmos lugares, mas agora sem o mesmo poder, sem a mesma imponência e, principalmente, a primazia do discurso público não esta mais em suas mãos. O que pensam, querem ou desejam os homens está completamente ausente dos debates parlamentares, dos discursos das ONGs, das falas midiáticas, enfim, a questão masculina não interessa. E quando me refiro a homem estou me referindo ao tipo hetero, médio, monogâmico.
A força do homem não esta mais em ser homem, como é a força da mulher o fato de ser mulher; e claro uma mulher que se revela no espaço público e no mercado de trabalho de maneira altiva e ativa. Mas se a força do homem não é o simples fato de ser homem, qual é então? Esse é o problema, o homem não sabe ser outra coisa ou revelar-se de alguma maneira que não seja aquela atrelada ao seu papel tradicional de homem dono do pedaço. Não sendo dono do pedaço ainda não consegue ser outra coisa. O homem médio ainda se sente estranhado entre as mulheres que pareiam com ele no mercado de trabalho, na vida amorosa, na rua, nos espaços sociais sejam eles quais forem. O aumento da violência contra a mulher é uma expressão desse estranhamento, dessa perda de poder e, por que não dizer, medo.
Uma certa feminização do masculino – em alguma medida até uma parcela dos gays – é mais um indicativo de um homem que copia um padrão estético dominante, pelo menos dominante nos mass media, do que propriamente um homem que se transmuta em direção a um novo modelo de masculino mais próximo dos tempos novos em que vivemos.  Ou seja, aqueles homens mais afeminados são uma expressão não de uma saída, de um caminho que se avizinha para uma nova identidade do masculino, mas na verdade mais uma expressão da profundidade da crise do homem. Este homem mais feminino, pelo menos em boa parte dos casos, pode revelar um homem que mais se esconde no feminino, mais se apaga e se retira de cena, deixando à mulher o papel protagonista, e nesse sentido a sobrecarregando ainda mais, do que propriamente um homem novo que se desvela. O macho dominante e toda a cultura hetero que se formou em torno dele foi tão forte, e predominou por tanto tempo que é muito difícil ainda, ao homem, se ver ou construir sua identidade desconectado daquilo que foi por tanto tempo.
A presença forte das mães, das esposas, das mulheres em geral, de certa maneira, é outro lado disso. Sem uma referência de masculino marcante e nova, sem um mapa do que seja ser homem neste novo contexto societário em que vivemos, o homem, sejam adolescentes ou não, se encolhem e aceitam o domínio e a influência de mulheres fortes, suas mães, avós ou amigas, e deixam de trilhar o caminho de afirmação de sua identidade.
É a crise do homem, que não raras vezes se expressa pela violência.
“Os homens não tomam atitude”, “não decidem”, “sempre esperam a mulher dizer”, “são acomodados”, “não assumem compromisso”, “tem dificuldades em dividir as tarefas domésticas”, “quando em casa, se comportam como filhos”. “Até no affair deixaram de tomar iniciativa”. Estas são algumas das frases facilmente escutáveis num papo entre mulheres. Em outras palavras, os homens murcharam. A julgar pelos discursos de determinadas minorias, o heterossexual masculino é um ser quase sinônimo de machão, misógino, burro, homofóbico, atrasado. Isso responde em alguma medida a posição intimidada e recalcitrante do público masculino.
O apequenamento masculino na cena social também e, principalmente, está associado ao fato de que o discurso prevalecente, a palavra forte, a linguagem hegemônica, pelo menos nos meios mais cosmopolitas e midiáticos, está todo ele ligado a mulher. A mulher é o sujeito novo que se consolida. Ela é a referencia e, portanto, quem dita o ritmo e a velocidade do discurso.
O homem, esse estranho ser cheio de pelos (alguns se depilam para acelerar as mudanças), ainda está mais associado ao passado, ao velho poder, as velhas taras, vícios e tudo aquilo que nessa vida liquido moderna não queremos mais, e que ele está diretamente ligado.
O homem é uma destas “instituições” que o sociólogo alemão Ulrich Beck chama de “zumbi”. Está morto, mas ainda vive. É claro que me refiro não ao biológico, mas o homem social, datado e com qualidades específicas de uma época que vai se enterrando na velocidade deste novo século. É zumbi no sentido de que ainda se define, em larga medida, por referências sociais, comportamentais, religiosas e educativas, afetivas inclusive, que reavivam experiências de um mundo que ruiu na revolução feminina. O homem ainda é este ser que dialoga mais com o passado do que com o presente ou, pelo menos, ao não se revestir com uma nova e contemporânea identidade, seja lá o que isso possa ser, está sempre atrelado e sendo acusado de extemporâneo, atrasado, de outro tempo que passou. A mulher, não são todas, diga-se de passagem, passou para a outra margem do rio, mas o homem, não.
Luciano Alvarenga, Sociólogo

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Daniela Mercury sai do armário e entra no cofre dos baianos. Ou: O lesbianismo estatal de Jaques Wagner


Daniela Mercury sai do armário e entra no cofre dos baianos. Ou: O lesbianismo estatal de Jaques Wagner

Ai, ai, ai, ai…
Leio notinha no Estadão informando que a cantora Daniela Mercury, aquela que anunciou que agora tem “esposa”, vai desfilar com seu trio elétrico e cantar o Hino Nacional da Parada Gay de São Paulo.
Até aí, tudo certo! É compreensível que ela tenha se tornado um “ícone” — como se diz hoje em dia nos cadernos de cultura até quando se escreve sobre falador de rap… — do movimento gay. Há quem diga que Daniela foi “supercorajosa” ao assumir a sua homossexualidade e coisa e tal. Por mim, está tudo bem.
O que é absolutamente inacreditável, escandaloso mesmo, é saber que o governo da Bahia, do companheiro Jaques Wagner (PT), é que vai pagar o cachê da cantora: R$ 120 mil.
Então vamos ver. Daniela decide anunciar ao Brasil que é lésbica. Ninguém ficou chocado, o que é bom. Ainda que isso só diga respeito a ela mesma, achou que todos deveríamos participar de sua celebração. OK. O mínimo que a gente espera dos heróis de qualquer causa é algum sacrifício ou renúncia, não é mesmo? Isso é próprio da condição.
Não existe heroísmo no estado de gozo permanente. Aliás, em termos, digamos, psicanalíticos, esse gozo permanente seria a negação da civilização. Mas deixemos de lado essas especulações agora. Daniela vai subir no palco, ser ovacionada por sua coragem e… levar R$ 120 mil dos cofres públicos baianos.
Ou por outra: o governo da Bahia estatizou o lesbianismo e fez de Daniela a sua representante. O que deveria ser, então, um ato de resistência contra, sei lá, os caretas, os conservadores, os reacionários, os cultores do tradicional “papai-e-mamãe” (em vez do “mamãe-e-mamãe” e “papai-e-papai”), vejam que coisa!, se transforma em oficialismo dos mais reacionários — e agora entendo que Daniela Mercury não tenha chamado a sua mulher de “mulher”, mas de “esposa”. Já contei aqui que, tão logo assumi um cargo de chefia num jornal, aboli essa palavra. Eu jamais transaria com a minha “esposa”. A gente transa (Daniela também) é com mulher, certo?
Está aí. Tenho escrito alguns textos sobre o caráter que o Bolsa Família vai assumindo no Brasil. Dissemina-se a cultura de que a função do bom patriota é esperar que o estado lhe forneça renda, moradia, emprego, roupa, anticoncepcional, camisinha, pílula do dia seguinte, aborto. Até a homossexualidade, como se nota, tem de ser estatizada — e lembro que a Parada Gay já conta com farto financiamento público.
“Ah, mas Daniela terá custos…” Pois que recorra à iniciativa privada se não tiver como bancar a própria apresentação — ela poderia fazer esse sacrifício porque isso é próprio dos heróis, reitero.
Notem bem: ainda que a grana fosse paga para ela se apresentar na parada gay de Salvador, já estaríamos diante de um completo absurdo. Sendo realizada a festa fora da Bahia, aí já é um escracho. Ou ela virou agora embaixadora do lesbianismo baiano?
O Brasil é mesmo singular, é mesmo curioso — e há uma grande chance de que não dê certo por isso. Antes mesmo de a homossexualidade ser encarada pela maioria dos brasileiros como algo normal, corriqueiro, já virou uma espécie de crença do Estado. E, no Brasil, isto já é uma tradição que sempre resulta emzerda, o Estado tem a ambição de fundar a sociedade, em vez de a sociedade fundar o Estado, que é o caminho normal . Se não me engano, Daniela tem uma música que diz algo mais ou menos assim:  ”O canto desta cidade é meeeuuu!!!”. Já pode começar a cantar: “O cofre da Bahia é meeeuuu…”
O Brasil ainda vai inventar o gay e a lésbica de crachá.
Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 21 de maio de 2013

Camisa-de-força


Camisa-de-força
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 4 de janeiro de 2011 

As declarações recentes da Igreja Anglicana do Brasil em favor do Projeto de Lei 122/06 fornecem-nos o exemplo completo e acabado da duplicidade de linguagem a que é preciso recorrer quando se defende o indefensável. Embora o estilo bífido seja o mais notório hábito do demônio, seu emprego não merecendo respeito nem tolerância sobretudo quando praticado em nome da religião, isto não implica, da parte de seus usuários, nenhuma intenção consciente de ludibriar o ouvinte ou leitor. Ao contrário: nos dias que correm, aquela ambigüidade sorrateira, perversa, que encobre com as mesmas palavras as ações mais opostas e contraditórias, já se tornou em muitas pessoas um vício automatizado e quase que uma segunda natureza. Isso não as desculpa de maneira alguma: o mal não se faz menos detestável porque uma rotina entorpecente o tornou indiscernível do bem.
Em si, o documento não tem aquele mínimo de consistência que o tornaria merecedor de uma resposta; está abaixo da possibilidade de ser debatido; só pode ser analisado como sintoma de vícios de pensamento que hoje em dia são gerais e endêmicos na sociedade brasileira.
O objetivo nominal com que se apresenta é contestar, com ares de quem passa pito, algumas objeções correntes àquela proposta legislativa, especialmente as que a vêem como instrumento destinado a limitar severamente a liberdade de expressão.
Crítica comum ao PLC n.º 122/06 é a de que o mesmo proibiria as pessoas de ‘criticarem a homossexualidade’ (sic) e que implicaria numa ‘ditadura’, numa ‘mordaça’ àqueles que ‘não concordam’ com o ‘estilo de vida homossexual’. Contudo, essas colocações se pautam ou em um simplismo acrítico ou em má-fé de seus defensores.
Contra essa objeção, alega a Igreja Anglicana que naquele projeto de lei “não há criminalização específica da discriminação não-violenta por orientação sexual ou por identidade de gênero”. Assim, estaria resguardado o direito à crítica: “Opiniões respeitosas, embora críticas, à pessoa homossexual não configurarão crime por força do PLC n.º 122/06”.
Se o leitor suspira aliviado diante dessas observações, faria melhor em notar que elas significam o oposto do que parecem dizer. Prossegue o documento: “Criticar a homossexualidade e não a pessoa homossexual concreta implica em (sic) um discurso segregacionista ... que se equipara a discursos de ódio que não pode ser tolerado.” A redação abominável mal esconde o sentido ameaçador daquilo que pretende vender como inofensivo: você pode criticar o homossexual por qualquer outra coisa – por usar uma gravata berrante, por cometer tantos erros de português quanto o porta-voz da Igreja Anglicana ou por soltar gases no elevador – mas nunca por sua conduta homossexual. Pior: não pode falar mal do homossexualismo em si, genericamente, sem qualquer referência a uma pessoa concreta, pois ser contra o homossexualismo é “discurso de ódio”, obviamente punível pelo PLC-122/06. Mais claramente ainda, o documento afirma que todas as modalidades de discriminação serão castigadas, ainda que “sejam tais ações perpetradas por motivação moral, ética, filosófica ou psicológica.” Quer dizer: a motivação moralmente elevada e a alta elaboração intelectual da crítica ao homossexualismo não a tornarão menos criminosa, nem menos punível.
Notem que aí o conceito de discriminação abrange quatro ações possíveis: agredir, constranger, intimidar e vexar. Vexar, prossegue o documento citando o Dicionário Houaiss, é “causar vexame ou humilhação, sendo vexame tudo o que causa vergonha ou afronta”. Ora, qualquer ensinamento que tente mostrar a um cidadão o caráter imoral ou pecaminoso da sua conduta, mesmo que o faça nos termos mais gentis e carinhosos do mundo, não tem como deixar de lhe infundir um sentimento de vergonha. Mais que vergonha, culpa e arrependimento, que não vêm sem humilhação. Em suma: a simples pregação moral que tente induzir um indivíduo a abandonar as práticas homossexuais já está catalogada de antemão como crime e nivelada às ações de “agredir, constranger e intimidar”.
A permissão de “opiniões respeitosas, embora críticas” é com toda a evidência uma armadilha destinada a proibir toda e qualquer opinião crítica, mesmo moralmente digna e fundada em motivos intelectualmente relevantes.
A própria escolha do adjetivo revela a ambigüidade maliciosa do autor do escrito. “Opiniões respeitosas”, diz ele. Respeitosas a quem e a quê? Respeitosas à pessoa humana somente ou respeitosa aos seus hábitos homossexuais também? É evidente que, se alguém considera um hábito respeitável, não tem por que criticá-lo do ponto de vista moral; se o critica, é porque não o considera respeitável de maneira alguma. Dito de outro modo: você pode criticar o homossexual, desde que aceite sua conduta homossexual como respeitável e superior a críticas e desde que se abstenha de dizer até mesmo alguma palavra contra a homossexualidade em geral.
Chamar isso de mordaça é eufemismo. Mordaça impede apenas de falar, não de pensar. O PL-122/06 não é uma mordaça: é uma camisa-de-força mental que impõe a todos os possíveis críticos do homossexualismo uma obrigação psicológicamente impossível, a de criticar sem críticas. Muito mais que restringir a liberdade de expressão, estrangula a liberdade de pensamento. É uma lei propositadamente absurda, feita na base da estimulação contraditória para instilar na população um estado de perplexidade apatetada, temor irracional e obediência canina. Se esse monstrengo jurídico digno da Rainha de Copas nasceu da pura confusão mental de seus autores ou de um propósito maquiavélico de reduzir o público à menoridade mental, é algo que se pode conjeturar. As duas hipóteses não se excluem – nem no projeto em si, nem na sua apologia anglicana.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

José Genoino e João Paulo Cunha não me representam
Os deputados petistas condenados por corrupção ativa e formação de quadrilha (José Genoino) e por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro (João Paulo Cunha) não me representam porque não votei neles.
Mas representam os que votaram, os que concordam com eles e, até que não seja efetivada a cassação já decidida pelo Supremo, representam o Parlamento brasileiro.
Faz sentido eu sair fazendo beicinho por aí, com ai-ai-ais e ui-ui-uis estampando cartazes “não me representam”? Aliás, com essas condenações, eles poderiam representar é um outro grupo, não é mesmo? Um deles ao menos poderá ser representante, por um tempo ao menos, da população carcerária.
A dupla integra nada menos do que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a mais importante. O PT delegou a um quase-presidiário — questão de tempo — avaliar a constitucionalidade das leis que passam pela Casa.
Convenham! Isso já é coisa para beijo de língua!

domingo, 10 de março de 2013

O VÍDEO EM QUE FELICIANO, AGORA DEMONIZADO PELO PT, PEDE VOTO PARA DILMA EM ENCONTRO RELIGIOSO. OU: Os que agora babam estavam com o deputado pastor em 2010. Quem pariu Mateus que faça naninha com ele! Eu estava do outro lado!


10/03/2013
 às 17:31

O VÍDEO EM QUE FELICIANO, AGORA DEMONIZADO PELO PT, PEDE VOTO PARA DILMA EM ENCONTRO RELIGIOSO. OU: Os que agora babam estavam com o deputado pastor em 2010. Quem pariu Mateus que faça naninha com ele! Eu estava do outro lado!

Ai, ai… Eu trabalho muito, muito mesmo!, como sabem. Mas também me divirto à pampa! “À pampa”??? Você está velho, lembrando Paulo Francis, citado por minha querida amiga Lúcia Boldrini, quando a morte de alguém de quem você nunca ouviu falar gera comoção e vai para as primeiras páginas… E quando emprega a locução adverbial “à pampa”. Por que isso? Porque não há nada mais saboroso do que lançar algumas iscas para pegar idiotas que babam e ver os idiotas que babam cair na armadilha como… idiotas! Aprendam, bobalhões: não dou ponto sem nó.
Escrevi nesta manhã um texto em que aponto o coquetel de hipocrisias nessas manifestações contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), eleito por seus pares presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. OS IDIOTAS entenderam que eu o defendi. Por idiotas, não perceberam nem mesmo que eu demonstrei que ele errou ao recorrer a uma citação bíblica. SE A ORIGEM DOS POVOS E A GEOGRAFIA DA BÍBLIA DEVESSEM SER TOMADAS (NÃO DEVEM!) COMO REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DEFINITIVAS, nem foram os descendentes de Canaã, amaldiçoado por Noé, a se espalhar pela África. Não! Eu contestei o pastor com matéria de fato — no caso, reitero, a matéria de fato é a referência bíblica, não aquilo para a qual ela remete nesse particular. A Bíblia é uma fonte de pesquisa histórica como um discurso sobre os fatos (inclusive os fatos míticos), não como uma reportagem do tempo. Adiante!
Também está lá que eu jamais escolheria Feliciano para presidir aquela comissão porque, escrevi, por mim, “ele nem teria sido eleito”. Se deputado não fosse, presidente não seria, certo? MAS OS IDIOTAS ESTÃO GRITANDO, ESPERNEANDO, EXERCITANDO SEU ÓDIO HUMANISTA, E NÃO ENTENDEM O QUE ESTÁ ESCRITO. LEEM O QUE QUEREM, NÃO O QUE O OUTRO ESCREVEU.
E, sim, fui claro, COM ZERO DE AMBIGUIDADE, ao demonstrar que o deputado — NÃO NOS CASOS CONHECIDOS AO MENOS — não foi nem racista nem homofóbico. Isso é grito de guerra de militantes das mais variadas causas, em especial dos petistas, que agora decidiram ir para as ruas. É EVIDENTE QUE EU SABIA QUE OS BABÕES VIRIAM AO MEU ENCALÇO. Joguei as iscas para poder pegá-los e vê-los a se debater, tentando sair da cadeia da lógica. Naquele texto, eu indagava: “Como é que Feiciano chegou lá”.
Chegou porque foi um dos mais ativos militantes em defesa da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. E usou a tribuna religiosa para fazer essa defesa. Abaixo, há um vídeo em que ele fala a fiéis e também a pastores. Canta as glórias da então candidata. Está com uma camiseta: “Sou cristão e voto em Dilma”. Fala ali da criação de um “Centro de Inteligência Digital”, que foi mobilizado durante a campanha. Vejam o vídeo. Volto em seguida.

Acordo com o PTDurante a campanha eleitoral de 2010 (e também na 2012 à Prefeitura de São Paulo), quem promoveu a chamada “guerra religiosa” foram os petistas, não os tucanos, à diferença do que noticiaram os setores engajados da imprensa. Vejam que coincidência: Gabriel Chalita foi mobilizado para defender a agora presidente junto aos católicos. Apesar de haver 11 inquéritos civis contra ele no Ministério Público de São Paulo, preside a Comissão de Educação da Câmara. Protestos nas ruas? Nenhum! Feliciano fez parte de um grupo que atuou no mesmo sentido junto aos evangélicos. E preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Quem o colocou lá? Na prática, foram os petistas. Eis a cara e a prática do partido: a cúpula faz acordos os mais espúrios, os mais inacreditáveis, os mais escandalosos (afinal, é a turma do mensalão!), e as “bases” são mobilizadas pelas redes sociais, com o apoio da imprensa, para satanizar este ou aquele. E depois tomam 500 pessoas nas ruas como movimento de massa. Imaginem se os evangélicos decidirem competir…
Está ali no vídeo: uma das tarefas de Feliciano era sair negando por aí que Dilma fosse lésbica — acusação que jamais se ouviu, ainda que na forma de murmúrio, até porque se sabia, desde sempre, que isso é falso — e que fosse defensora da legalização do aborto, O QUE ELA ERA, SIM!, COMO ESTÁ COMPROVADO.Feliciano fez parte, em suma, do núcleo de evangélicos que tentou demonstrar para uma fatia importante do eleitorado que a então candidata petista era uma boa representante de sentimentos também, como direi?, “conservadores”. Fez parte da turma que montou uma  lavanderia de reputação religiosa para a petista, para falsear o seu real pensamento. Ele era um agente que colaborava para, se me permitem, “deslaicizar” a política.
Reparem no seu discurso. Saiu por aí a repetir todos os clichês do petismo, sobre como Lula teria mudado definitivamente o Brasil e coisa e tal. O PT quis esses votos. O PT lutou por esses votos. O PT lutou por essa base de apoio no Congresso. E as coisas têm um preço. Como as esquerdas, cúpidas que são, abriram mão da Comissão de Direitos Humanos, que não deve render grandes negócios, ela foi parar nas mãos de um deputado evangélico, que é contra o casamento gay e se confunde ao digredir sobre a descendência e a geografia da Bíblia.
Ele é homofóbico? Ele é racista? Se é, há que se comprovar. Pelas declarações dadas até agora, não! Isso é coisa típica do analfabetismo moral que toda militância enseja: “Se é para pegar nosso inimigo, vale tudo, até a mentira!”.
Eu não votei nele.
Eu não votaria nele.
Feliciano apoia um grupo que eu gostaria de ver longe do poder.
Ele não é da minha turma.
Eu não tenho turma.
Ele votou na mesma candidata destes que agora estão nas ruas — ou também o PSOL não se juntou a Dilma no segundo turno?
Joguei a isca e esperei a baba rossa para, confesso gostosamente, postar agora esse vídeo.  Por que a petezada, mesmo a militância partidária, não anunciou que recusava o voto dos evangélicos? Edir Macedo, chefão da Igreja Universal do Reino de Deus, um defensor fanático do aborto — ele, sim, torce o Eclesiastes para justificar a sua tese —, recorre às mesmas práticas do pastor Feliciano para financiar a sua igreja, por exemplo. Há um vídeo em que Macedo, com um chicote na mão, tira “o diabo” do corpo de um homossexual. E eu não vi militância na rua. O PT governa com aqueles que cativa, ora essa! Os dois lados certamente sabem a razão do acordo.
Caminhando para a conclusãoNão! Eu não defendi Feliciano, não! Ao contrário: talvez eu tenha feito a ele a crítica mais dura, porque assentada num fato. Para contestar o que ele pensa, não preciso atribuir a ele crimes que não cometeu. As coisas que ele fala e pensa, mesmo as não criminosas, bastam para que não façamos parte da mesma turma.
Mas atenção! Os que vieram babar aqui no meu blog, vocês, sim!, estiveram em companhia de Feliciano durante as eleições. Vocês estavam do mesmo lado. Eu não! Todo mundo sabe que votei em José Serra para a Presidência. Pelo meu voto, Feliciano jamais teria chegado à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. ELE CHEGOU LÁ PELO VOTO DE VOCÊS. Vocês elegeram Dilma e o PT, e o arco de poder influente pôs o deputado naquele cargo.
O meu texto buscava deixá-los, babões, bem assanhados para deixá-los, agora, sem saída. E, sim, continuarei a defender o direito que as pessoas têm de defender que “casamento” é só aquele previsto na Constituição, entre homens e mulheres — ainda que eu seja favorável ao casamento gay. Mas tolero quem pensa de modo diferente.
A fraude moral e ética de vocês está, entre outras, em querer os votos da turma que segue Feliciano e depois ambicionar jogar o homem fora. Não é assim que se toca essa música, não! Vocês, os que me atacam, é que defenderam Feliciano, não eu! Eu, naquela eleição, estava do outro lado. Esse Mateus é de vocês; façam naninha com ele e parem de criar mistificações e de tentar encher o meu saco. Porque isso não me enche, não! Só me estimula a escrever mais.
Para encerrar
Não vai vai haver protestos contra a presença dos petistas João Paulo Cunha e José Genoino na Comissão de Constituição e Justiça? Vocês não acham que isso é uma espécie de elogio do peculato, da corrupção ativa, da corrupção passiva e da formação de quadrilha?
Hein??? Já que eu estou velho mesmo (51), termino assim: “Podem vir quente, que eu estou fervendo”..
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 9 de março de 2013

Fala o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara: “Os petistas estão constrangidos porque o partido que tinha como bandeira os direitos humanos, de repente, esqueceu, deixou de lado sua bandeira”


Réu no Supremo Tribunal Federal em um processo por estelionato e alvo de inquérito por crime de homofobia, o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), diz que vai agir como “magistrado” na função, apesar de suas posições contrárias à união civil de pessoas do mesmo sexo e ao aborto. Pastor da Assembleia de Deus, Feliciano afirma não se envergonhar de pedir dinheiro a fiéis – “Partidos também vivem de doações” – e diz que vai montar um “dossiê com agressões e ameaças de morte” contra sua pessoa.
Sua eleição na comissão foi polêmica, deputados saíram durante a escolha de seu nome…É um pessoal que não aceita ser derrotado, principalmente no voto. Eu fui eleito legitimamente, com 11 dos 18 votos da comissão. A briga se tornou uma questão política. Para eles, é muito constrangedor, principalmente para o PT. O que levou o PT ao governo e ser a força que é foram os movimentos sindicais, os movimentos contra a desigualdade. E de repente eles abandonam a Comissão de Direitos Humanos. Abandonam politicamente porque o PT ficou com outras comissões e deixou essa de lado.
Seu partido, o PSC, não reivindicou o comando dessa comissão?O PSC jamais ia ficar com essa comissão. Nós tínhamos outro acordo com o governo, que era a Comissão de Fiscalização e, na última hora, não nos deram essa comissão. Na partilha da proporcionalidade, sobrou a Comissão de Direitos Humanos. Nunca fomos atrás, nunca brigamos por isso, nunca imploramos. Essa comissão foi 18 anos do PT. Eles estão constrangidos porque o partido que tinha como bandeira os direitos humanos de repente esqueceu, deixou de lado sua bandeira. Agora, o PSC não vai fazer nada diferente do que estava sendo feito na comissão.
Há projetos sobre direitos dos homossexuais na comissão, como o que inclui na situação jurídica de dependente para fins previdenciários o segurado do INSS ou o servidor homossexual. O sr. vai barrar esses projetos?O presidente da comissão é só um moderador, um magistrado. Posso até divergir sobre alguns pensamentos. Mas, como magistrado, eu coloco tudo em votação. Na hora da discussão, se eu achar cabível, coloco alguém no meu lugar na presidência e vou para o plenário discutir o assunto. Tudo vai para votação, e vence o que tiver maior número de votos.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) denunciou a existência de acordo entre evangélicos e ruralistas para dominar a Comissão de Direitos Humanos e, dessa forma, brecar projetos que afetam interesses do agronegócio.Os evangélicos estão em todos os partidos. Na verdade, foi uma articulação política com todos os partidos. Isso não procede. Os direitos dos índios, dos quilombolas, das mulheres, das crianças, dos homossexuais, os direitos de todos, serão preservados dentro da comissão. Tudo vai para o voto.
Hoje, a maioria dos integrantes da comissão é evangélica. A comissão se transformou num reduto de evangélicos?Não vejo ali evangélicos, católicos, espíritas. Vejo deputados eleitos pelo voto popular. Política é articulação. Vencem os que se articulam melhor. Tenho certeza que os deputados que vão para a comissão vão cuidar de tudo de maneira bem humana. Somos sensíveis, somos cristãos, acima de tudo. O que não podem é tentar rotular a gente de fundamentalista, reacionários.
O sr. é autor de projetos polêmicos, como o que tentava sustar a decisão do Supremo que autoriza união civil entre pessoas do mesmo sexo.>Era um projeto assinado por mais de 70 deputados. Todavia, não prosperou, foi considerou improcedente pela mesa. Esse projeto não existe mais.
O que o sr. tem a dizer sobre o vídeo, publicado na internet, em que sr. pede dinheiro a fiéis?
Não me envergonho, eu sou crente, sou evangélico. Nossas igrejas vivem de doações, como a Igreja Católica e todos os movimentos que precisam do amparo das pessoas. Os partidos políticos precisam das doações dos seus fiéis. O petista doa uma porcentagem do salário ao partido. Não me envergonho disso. Usaram esse vídeo para tentar me difamar.

quarta-feira, 6 de março de 2013


Marco Feliciano: Ditadura gay e direitos humanos

Tendências / DebatesDias atrás, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) foi sugerido para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Houve protestos de alguns da comunidade científica pelo simples fato de ele ser católico praticante e seu nome foi vetado. Agora é a vez de um pastor evangélico ser questionado para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. Perseguição religiosa?
A presidência da CDHM, pela proporcionalidade entre legendas, ficou com o meu partido, o PSC. A indicação do meu nome gerou um furacão de manifestações dissimuladas pela internet por parte de militantes da comunidade GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais). Algumas me acusaram de ser racista e homofóbico.
Jean Wyllys - Cinismo Cruel
Tudo teve início quando postei na internet que os africanos são descendentes de um "ancestral amaldiçoado por Noé". Referia-me a uma citação bíblica, segundo a qual o filho de Noé, após ser amaldiçoado pelo pai, foi mandado para a África. A maldição foi quebrada com o advento de Jesus, que derramou seu sangue para nos salvar. Não usei a palavra negro, pois me referia a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele.
Sou pastor e prego para pessoas de todas as etnias. Nunca, nem antes nem depois desse episódio, fui considerado racista, inclusive porque corre em minhas veias sangue negro também. Amo o continente africano. Sou querido pelo povo de Angola, onde fiz trabalhos.
Sobre homossexuais, minha posição é mais tolerante do que se pode imaginar. Como cristão, aprendi no Evangelho que somos todos criaturas de Deus. Nunca me dirigi a nenhum grupo de pessoas com desrespeito. Apenas ensino o que aprendi na Bíblia, que não aprova a relação sexual nem o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Fora isso, a salvação está ao alcance de todos. Essa é a minha fé --só prego o amor e o perdão.
No entanto, esses militantes GLBTT rotulam como homofóbica qualquer pessoa que discordar de suas posições. Acusam de incitação à violência, o que qualquer pessoa isenta sabe que não é verdade. Mas, jogada ao vento, essa mentira causa estragos à imagem do acusado perante a opinião publica. Vivemos uma ditadura gay.
Cesar Habert Paciornik/Folhapress
No ano passado, tentei participar de um seminário organizado pela CDHM e presidido pelo deputado Jean Wyllys. Apavorei-me com o tema: diversidade sexual na primeira infância. Fui recebido com palavrões pelos militantes GLBTT. Foi me dado um minuto para falar, mas não consegui. A militância não permitiu.
Foi desesperador ouvir dos que ali estavam que se um menino na creche, na hora do banho, quiser tocar o órgão genital de outro menino não poderia ser impedido. Afinal, segundo eles, criança não nasce homem nem mulher e sim gênero e se descobre com o tempo. Se forem impedidos na primeira infância, sabe-se lá o que pode acontecer...
A fúria deles é por saber que questiono suas pretensões. Defendo a Constituição e ela precisaria ser alterada para aprovar suas lutas.
Não se pode tratar naquela comissão apenas desses assuntos. É preciso isonomia. Outros grupos precisam de igual atenção.
Existem assuntos que caíram no esquecimento. Os brasileiros que estão aprisionados de maneira sub-humana em diversos países como imigrantes ilegais. A demarcação das terras dos quilombolas. O tráficos de mulheres e de órgãos. O atendimento das famílias dos autistas. Os portadores de necessidades especiais. Não basta aprovar leis, é preciso saber se estão sendo respeitadas.
Por que a CDHM não questiona o Executivo sobre manter relações comerciais com um país que condena à morte pessoas por sua opção religiosa ou sexual, como o Irã?
Essa comissão é muito mais importante do que discussões rasas. Peço a Deus sabedoria para levar adiante tão honrosa missão.
MARCO FELICIANO, 40, pastor evangélico, é deputado federal pelo PSC-SP

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Não é que eles amem tanto o comunismo… Eles amam mesmo é a ditadura!

Não é que eles amem tanto o comunismo… Eles amam mesmo é a ditadura!
Por que Yoani Sánchez, mulher de aparência frágil, fala doce e textos nada inflamados, provoca a fúria de alguns dinossauros da ideologia mundo afora, inclusive no Brasil? A resposta não é simples.  Ainda que as esquerdas contemporâneas tenham mudado a sua pauta, e já não se encontrem mais comunistas de verdade nem em Pequim (restaram alguns apenas nas universidades brasileiras), é certo que elas conservam o gene totalitário e o ódio à democracia e à pluralidade. Herdaram do passado uma concepção de sociedade que as coloca como a vanguarda da história.
Essa vanguarda seria a caudatária legítima de todas as lutas em favor do progresso, da igualdade e da justiça e, por isso, estaria habilitada a conduzir a humanidade para o futuro. Elas se consideram dotadas desse exclusivismo moral — e, em nome dele, tudo lhes seria permitido. Os que não aderem à sua pauta, pouco importa o conteúdo, seriam forças da reação, agentes do atraso, sabotadores do progresso. A história é rica em exemplos. A depender das necessidades, o comunismo internacional ora se alinhou com o nazi-fascismo “contra o imperialismo”, ora com o imperialismo “contra o nazi-fascismo”. Seus comandados defenderam com igual entusiasmo uma coisa e outra e, em ambas, vislumbraram o caminho para a redenção do homem. Afinal, os donos da história sempre sabem o que é melhor para a humanidade.
Esses grandes embates ficaram no passado. Desmoronou também a ambição de se criar um modelo econômico alternativo ao capitalismo. Setenta anos de história bastaram para evidenciar a impossibilidade, restando, a exemplo de Cuba, algumas experiências que vivem de esmagar as liberdades individuais e que se impõem pela violência. O capitalismo fatalmente chegará à ilha hoje tiranizada pelos irmãos Raúll e Fidel Castro não porque a história tenha acabado, e esse modelo de sociedade vencido. O capitalismo chegará justamente porque a história não acabou, e o estado comunista fracassou no seu intento de refundar o homem, a economia, a ciência, a natureza e até a metafísica. Não custa lembrar que as esquerdas é que eram partidárias do “fim da história”, não os liberais.
O comunismo fracassou. Curiosamente, aquele “império” ruiu mais com suspiros do que com estrondo, tais eram as suas fragilidades. Não foi o pouco de abertura econômica  proporcionada pela era Gorbachev que liquidou o modelo, mas o pouco de liberdade que ele resolveu inocular no sistema. O totalitarismo é uma doença anaeróbia do espírito. Não convive com o oxigênio da liberdade e do contraditório. Aquilo tudo foi abaixo. A existência de Cuba e da Coreia do Norte é a prova mais evidente de que o comunismo, como a humanidade o conheceu um dia, acabou. Mas as esquerdas sobreviveram com a sua mesma concepção de história.
A despeito de todos os desastres humanitários que já provocaram, continuam a reivindicar o monopólio do humanismo e da verdade e a vender a fantasia de que são as únicas forças moralmente habilitadas a nos conduzir para o futuro. Essa é a razão pela qual a noção de “crise” — entendida como um momento de transformação — é a que mais estimulou, ao longo do tempo, a imaginação dos historiadores e ensaístas de esquerda, a começar do pai original, Karl Marx. Eles julgam saber para onde conduzir a humanidade, ainda que esta, eventualmente, não queira…
Yoani provoca a fúria do governo cubano e dos esquerdistas que se manifestam sem restrições nas democracias (justamente porque o comunismo perdeu…) não porque defenda a economia de mercado — todo esquerdista sabe, hoje em dia, que não há alternativa; não porque esteja colocando em dúvida supostas “conquistas” da revolução — ela é até bastante cordata a respeito. Os furiosos protestam porque Yoani é a evidência de que o exercício da liberdade individual desconstrói a fantasia totalitária, pouco importa em que modelo econômico ela esteja ancorada. E isso vale também para o Brasil.
Vivemos, a despeito dos totalitários em voga, num regime de plenas liberdades democráticas. É uma conquista da população brasileira, não desta ou daquela forças políticas em particular. Não existe mais em nosso país um embate relevante entre os que defendem e os que atacam a economia de mercado. O mercado venceu porque é a escolha mais eficiente, mais racional e mais adequada às habilidades e às aspirações humanas. Mas permanece, sim, um confronto inconciliável entre os que acreditam nas liberdades individuais e os que entendem que estas devam se subordinar aos anseios daqueles que se apresentam ainda hoje como “a vanguarda”.
Aqueles patetas fantasiados de Che Guevara que hostilizaram Yoani, a absurda participação de um funcionário graduado do governo na conspirata armada pela embaixada cubana, as grosserias que contra ela desferiram parlamentares de esquerda, tudo isso é a evidência não de amor pelo comunismo, mas do ódio à liberdade. Com a sua simplicidade, com a sua verve mais tímida do que encantatória, com algumas formulações muitas vezes óbvias sobre o que é ser livre, Yoani não trouxe à luz apenas as violências do regime político cubano; ela conseguiu denunciar também as tentações totalitárias que ainda estão muito vivas no Brasil. Não é que essa gente que saiu urrando contra ela ainda acredite no comunismo. Mas é certo que essa gente ainda acredita na ditadura. Em Cuba ou aqui.
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 16 de fevereiro de 2013



Coluna Rodriguiana: Ratzinger, Che Guevara. Não acho isso. Mas a 

surpresa é amiga da confusão.


No inicio dos anos 1970 o sonho tinha acabado com o fim dos Beatles. Cara o mundo tinha certeza de que tudo estava descambando definitivamente. Guerras, Ditaduras e Revoluções ainda rolavam mais não empolgavam mais. O clima estava era mesmo Black Sabbath. Mas para muitos tudo aquilo que estava rolando era mais do que inevitável. Era necessário para que todos tivessem um lugar ao sol. Brancos e Negros, Esquerda e Direita, Heteros e Homos. No neoliberalismo e na sociedade pós-moderna. Naquele momento ninguém era de ninguém. Tudo tendia ao extremo individualismo.
A década de 1960 simplesmente monopolizou a rebeldia. Demorou até que toda aquela sensação de que podemos mudar o mundo retornasse. Principalmente, porque a década de 1980 nos libertou aprisionando-nos. Explico: libertou-nos: apresentando para muitos a experiência da pratica democrática, antes mesmo de legalizada, por isso vivida com muito mais intensidade, e aprisionou-nos: entendendo a evolução tecnológica: na ficção e no cotidiano, como chave para um admirável mundo novo.
Onde as diferenças seriam superadas à medida que o tempo se tornaria muito mais dinâmico.  As ideologias com isso obviamente esquecidas. Tudo seria aceito, desde que as liberdades e os diretos fossem preservados. Em todos os níveis. A lei se transformou, portanto, no ponto nevrálgico da discussão. Putz, em um país de advogados então. Imagina na Copa. Quer dizer imagina a discussão. Que nada, muitos entendem que Lei não se discute. Cumpre-se.
Vivemos o império da lei. Do Estado racionalizado em todas as suas dimensões. Nos sobram, assim, poucos espaços, momentos para dizer um bom e velho foda-se sem sofrer com este Império. Porque ele nos sustenta. Só existe vida com segurança dentro dele. Divino é saber se equilibrar. Como o Ronaldinho: que pediu água no migué, recebeu em posição legal, cruzou e foi pro abraço com seu companheiro de equipe após o gol e falou para todos que o lance, genial, foi pura sorte. Somos Vigiados e tudo depõe contra nós.
É preciso ter serenidade na pós-modernidade. Quando assistimos as revoltas populares no mundo árabe. Muitos apressados. A mídia como sempre os apontou como libertadores. Mas hoje as ideologias são outras. Sim, as ideologias não morreram. Elas ainda existem, mas hoje são tendências, de caráter sinuoso. Difíceis de serem enquadradas na totalidade. Locais, hoje elas movem de ataques suicidas a um partido do crime.
De fato as ações pontuais são sempre as que mais vêem desequilibrando o mundo contemporâneo. Não por acaso podemos apontar a queda das torres gêmeas como o marco inicial deste contexto, em que socialmente, foram às revoluções tecnológicas pontuais, individuais, que roubaram a cena. O caráter furtivo da ação pontual, quando bem planejada de fato pode ter um caráter muito mais agregador de movimento do que o próprio processo do movimento para a ação. Pois as chances de sucesso na ação pontual são maiores. Envolve menos pessoas e a surpresa é sempre aliada da confusão.
É por isso que não poderia deixar de escrever sobre a renúncia de Bento XVI.  Apontá-la como uma ação pontual de rebeldia. Ratzinger revolucionário. Não acho isso. Mas é certamente uma situação que trouxe o elemento surpresa, para nós ovelhas e pra muitos pastores desta complexa engrenagem, industrial. Moldada a ferro e fogo que é a Igreja Católica Apostólica Romana. Bento XVI desestabilizou e desenterrou antigos desajustes deste Estado de Leis Próprias que é a Igreja Instituição Romana. Destas cinzas um novo antigo certamente surgirá.
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do meu brother: MILTON ANDREZA.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

COLUNA 8 ou 80!


COLUNA 8 OU 80!?

ninguém lê, mas ao menos desabafo...

Passarinho que outrora recebia Alpiste e cantava bonito,
agora ja nao canta mais.Cessou-se a comida boa
e agora o passarinho apenas lamenta a passagem do
cavalo celado...kkk mudei o final....

Pense comigo: Certa feita um nobre camponês
(os camponeses tambem são nobres, sao nobres
pela ação, nao pela classe social que estao inseridos certo??)
precisou ir a Roma, ele tinha tres carroças, duas
com problemas nas rodas, é obvio, claro, evidente,
que ele utilizaria a carroça melhor, com rodas boas....
é dificil entender isso?????

Se eu tenho um mercado, e vendo mercadorias (rsrs),
se eu der ou nao desconto o problema (margem de lucro
minha e nao sua mané) é todo meu, afinal,
as mercadorias e o mercado sao meus. entendeu?

a questão nao é um papa da América ou da africa,
a questão é que a pós-modernidade permite e prega a fluidez
social, um contraponto a solidez moderna. (dá-lhe Bauman)

Hoje é possível transitar da religião A para a Z tranquilamente.
o contexto impõe-se sobre a instituição...que encontra "afrouxamento"
nas bases desta.

E qual é o momento em que nasce o escândalo? O
momento em que nasce o escândalo é o momento em que se
torna público um ato ou uma serie de atos até então mantidos
em segredo ou ocultos. Bobbio, Norberto. O futuro da Democracia
2000.

Na semana passada, rendeu assunto a semana inteira: Silas Malafaia x Marilia Gabriela. O primeiro venceu de goleada...

De boazinha, a FRANÇA NÃO TEM NADA, a intervenção no Mali é puramente econômica, pra não dizer de um novo neocolonialismo do século XXI.

Ocorre que a Africa possui inúmeras riquezas minerais... para os Europeus, antes a Europa que a China...

VEM AI A MARCHA PARA JESUS 2013... AGUARDEM!!!