domingo, 10 de março de 2013

O VÍDEO EM QUE FELICIANO, AGORA DEMONIZADO PELO PT, PEDE VOTO PARA DILMA EM ENCONTRO RELIGIOSO. OU: Os que agora babam estavam com o deputado pastor em 2010. Quem pariu Mateus que faça naninha com ele! Eu estava do outro lado!


10/03/2013
 às 17:31

O VÍDEO EM QUE FELICIANO, AGORA DEMONIZADO PELO PT, PEDE VOTO PARA DILMA EM ENCONTRO RELIGIOSO. OU: Os que agora babam estavam com o deputado pastor em 2010. Quem pariu Mateus que faça naninha com ele! Eu estava do outro lado!

Ai, ai… Eu trabalho muito, muito mesmo!, como sabem. Mas também me divirto à pampa! “À pampa”??? Você está velho, lembrando Paulo Francis, citado por minha querida amiga Lúcia Boldrini, quando a morte de alguém de quem você nunca ouviu falar gera comoção e vai para as primeiras páginas… E quando emprega a locução adverbial “à pampa”. Por que isso? Porque não há nada mais saboroso do que lançar algumas iscas para pegar idiotas que babam e ver os idiotas que babam cair na armadilha como… idiotas! Aprendam, bobalhões: não dou ponto sem nó.
Escrevi nesta manhã um texto em que aponto o coquetel de hipocrisias nessas manifestações contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), eleito por seus pares presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. OS IDIOTAS entenderam que eu o defendi. Por idiotas, não perceberam nem mesmo que eu demonstrei que ele errou ao recorrer a uma citação bíblica. SE A ORIGEM DOS POVOS E A GEOGRAFIA DA BÍBLIA DEVESSEM SER TOMADAS (NÃO DEVEM!) COMO REFERÊNCIAS HISTÓRICAS DEFINITIVAS, nem foram os descendentes de Canaã, amaldiçoado por Noé, a se espalhar pela África. Não! Eu contestei o pastor com matéria de fato — no caso, reitero, a matéria de fato é a referência bíblica, não aquilo para a qual ela remete nesse particular. A Bíblia é uma fonte de pesquisa histórica como um discurso sobre os fatos (inclusive os fatos míticos), não como uma reportagem do tempo. Adiante!
Também está lá que eu jamais escolheria Feliciano para presidir aquela comissão porque, escrevi, por mim, “ele nem teria sido eleito”. Se deputado não fosse, presidente não seria, certo? MAS OS IDIOTAS ESTÃO GRITANDO, ESPERNEANDO, EXERCITANDO SEU ÓDIO HUMANISTA, E NÃO ENTENDEM O QUE ESTÁ ESCRITO. LEEM O QUE QUEREM, NÃO O QUE O OUTRO ESCREVEU.
E, sim, fui claro, COM ZERO DE AMBIGUIDADE, ao demonstrar que o deputado — NÃO NOS CASOS CONHECIDOS AO MENOS — não foi nem racista nem homofóbico. Isso é grito de guerra de militantes das mais variadas causas, em especial dos petistas, que agora decidiram ir para as ruas. É EVIDENTE QUE EU SABIA QUE OS BABÕES VIRIAM AO MEU ENCALÇO. Joguei as iscas para poder pegá-los e vê-los a se debater, tentando sair da cadeia da lógica. Naquele texto, eu indagava: “Como é que Feiciano chegou lá”.
Chegou porque foi um dos mais ativos militantes em defesa da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. E usou a tribuna religiosa para fazer essa defesa. Abaixo, há um vídeo em que ele fala a fiéis e também a pastores. Canta as glórias da então candidata. Está com uma camiseta: “Sou cristão e voto em Dilma”. Fala ali da criação de um “Centro de Inteligência Digital”, que foi mobilizado durante a campanha. Vejam o vídeo. Volto em seguida.

Acordo com o PTDurante a campanha eleitoral de 2010 (e também na 2012 à Prefeitura de São Paulo), quem promoveu a chamada “guerra religiosa” foram os petistas, não os tucanos, à diferença do que noticiaram os setores engajados da imprensa. Vejam que coincidência: Gabriel Chalita foi mobilizado para defender a agora presidente junto aos católicos. Apesar de haver 11 inquéritos civis contra ele no Ministério Público de São Paulo, preside a Comissão de Educação da Câmara. Protestos nas ruas? Nenhum! Feliciano fez parte de um grupo que atuou no mesmo sentido junto aos evangélicos. E preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Quem o colocou lá? Na prática, foram os petistas. Eis a cara e a prática do partido: a cúpula faz acordos os mais espúrios, os mais inacreditáveis, os mais escandalosos (afinal, é a turma do mensalão!), e as “bases” são mobilizadas pelas redes sociais, com o apoio da imprensa, para satanizar este ou aquele. E depois tomam 500 pessoas nas ruas como movimento de massa. Imaginem se os evangélicos decidirem competir…
Está ali no vídeo: uma das tarefas de Feliciano era sair negando por aí que Dilma fosse lésbica — acusação que jamais se ouviu, ainda que na forma de murmúrio, até porque se sabia, desde sempre, que isso é falso — e que fosse defensora da legalização do aborto, O QUE ELA ERA, SIM!, COMO ESTÁ COMPROVADO.Feliciano fez parte, em suma, do núcleo de evangélicos que tentou demonstrar para uma fatia importante do eleitorado que a então candidata petista era uma boa representante de sentimentos também, como direi?, “conservadores”. Fez parte da turma que montou uma  lavanderia de reputação religiosa para a petista, para falsear o seu real pensamento. Ele era um agente que colaborava para, se me permitem, “deslaicizar” a política.
Reparem no seu discurso. Saiu por aí a repetir todos os clichês do petismo, sobre como Lula teria mudado definitivamente o Brasil e coisa e tal. O PT quis esses votos. O PT lutou por esses votos. O PT lutou por essa base de apoio no Congresso. E as coisas têm um preço. Como as esquerdas, cúpidas que são, abriram mão da Comissão de Direitos Humanos, que não deve render grandes negócios, ela foi parar nas mãos de um deputado evangélico, que é contra o casamento gay e se confunde ao digredir sobre a descendência e a geografia da Bíblia.
Ele é homofóbico? Ele é racista? Se é, há que se comprovar. Pelas declarações dadas até agora, não! Isso é coisa típica do analfabetismo moral que toda militância enseja: “Se é para pegar nosso inimigo, vale tudo, até a mentira!”.
Eu não votei nele.
Eu não votaria nele.
Feliciano apoia um grupo que eu gostaria de ver longe do poder.
Ele não é da minha turma.
Eu não tenho turma.
Ele votou na mesma candidata destes que agora estão nas ruas — ou também o PSOL não se juntou a Dilma no segundo turno?
Joguei a isca e esperei a baba rossa para, confesso gostosamente, postar agora esse vídeo.  Por que a petezada, mesmo a militância partidária, não anunciou que recusava o voto dos evangélicos? Edir Macedo, chefão da Igreja Universal do Reino de Deus, um defensor fanático do aborto — ele, sim, torce o Eclesiastes para justificar a sua tese —, recorre às mesmas práticas do pastor Feliciano para financiar a sua igreja, por exemplo. Há um vídeo em que Macedo, com um chicote na mão, tira “o diabo” do corpo de um homossexual. E eu não vi militância na rua. O PT governa com aqueles que cativa, ora essa! Os dois lados certamente sabem a razão do acordo.
Caminhando para a conclusãoNão! Eu não defendi Feliciano, não! Ao contrário: talvez eu tenha feito a ele a crítica mais dura, porque assentada num fato. Para contestar o que ele pensa, não preciso atribuir a ele crimes que não cometeu. As coisas que ele fala e pensa, mesmo as não criminosas, bastam para que não façamos parte da mesma turma.
Mas atenção! Os que vieram babar aqui no meu blog, vocês, sim!, estiveram em companhia de Feliciano durante as eleições. Vocês estavam do mesmo lado. Eu não! Todo mundo sabe que votei em José Serra para a Presidência. Pelo meu voto, Feliciano jamais teria chegado à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. ELE CHEGOU LÁ PELO VOTO DE VOCÊS. Vocês elegeram Dilma e o PT, e o arco de poder influente pôs o deputado naquele cargo.
O meu texto buscava deixá-los, babões, bem assanhados para deixá-los, agora, sem saída. E, sim, continuarei a defender o direito que as pessoas têm de defender que “casamento” é só aquele previsto na Constituição, entre homens e mulheres — ainda que eu seja favorável ao casamento gay. Mas tolero quem pensa de modo diferente.
A fraude moral e ética de vocês está, entre outras, em querer os votos da turma que segue Feliciano e depois ambicionar jogar o homem fora. Não é assim que se toca essa música, não! Vocês, os que me atacam, é que defenderam Feliciano, não eu! Eu, naquela eleição, estava do outro lado. Esse Mateus é de vocês; façam naninha com ele e parem de criar mistificações e de tentar encher o meu saco. Porque isso não me enche, não! Só me estimula a escrever mais.
Para encerrar
Não vai vai haver protestos contra a presença dos petistas João Paulo Cunha e José Genoino na Comissão de Constituição e Justiça? Vocês não acham que isso é uma espécie de elogio do peculato, da corrupção ativa, da corrupção passiva e da formação de quadrilha?
Hein??? Já que eu estou velho mesmo (51), termino assim: “Podem vir quente, que eu estou fervendo”..
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 9 de março de 2013

Fala o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara: “Os petistas estão constrangidos porque o partido que tinha como bandeira os direitos humanos, de repente, esqueceu, deixou de lado sua bandeira”


Réu no Supremo Tribunal Federal em um processo por estelionato e alvo de inquérito por crime de homofobia, o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), diz que vai agir como “magistrado” na função, apesar de suas posições contrárias à união civil de pessoas do mesmo sexo e ao aborto. Pastor da Assembleia de Deus, Feliciano afirma não se envergonhar de pedir dinheiro a fiéis – “Partidos também vivem de doações” – e diz que vai montar um “dossiê com agressões e ameaças de morte” contra sua pessoa.
Sua eleição na comissão foi polêmica, deputados saíram durante a escolha de seu nome…É um pessoal que não aceita ser derrotado, principalmente no voto. Eu fui eleito legitimamente, com 11 dos 18 votos da comissão. A briga se tornou uma questão política. Para eles, é muito constrangedor, principalmente para o PT. O que levou o PT ao governo e ser a força que é foram os movimentos sindicais, os movimentos contra a desigualdade. E de repente eles abandonam a Comissão de Direitos Humanos. Abandonam politicamente porque o PT ficou com outras comissões e deixou essa de lado.
Seu partido, o PSC, não reivindicou o comando dessa comissão?O PSC jamais ia ficar com essa comissão. Nós tínhamos outro acordo com o governo, que era a Comissão de Fiscalização e, na última hora, não nos deram essa comissão. Na partilha da proporcionalidade, sobrou a Comissão de Direitos Humanos. Nunca fomos atrás, nunca brigamos por isso, nunca imploramos. Essa comissão foi 18 anos do PT. Eles estão constrangidos porque o partido que tinha como bandeira os direitos humanos de repente esqueceu, deixou de lado sua bandeira. Agora, o PSC não vai fazer nada diferente do que estava sendo feito na comissão.
Há projetos sobre direitos dos homossexuais na comissão, como o que inclui na situação jurídica de dependente para fins previdenciários o segurado do INSS ou o servidor homossexual. O sr. vai barrar esses projetos?O presidente da comissão é só um moderador, um magistrado. Posso até divergir sobre alguns pensamentos. Mas, como magistrado, eu coloco tudo em votação. Na hora da discussão, se eu achar cabível, coloco alguém no meu lugar na presidência e vou para o plenário discutir o assunto. Tudo vai para votação, e vence o que tiver maior número de votos.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) denunciou a existência de acordo entre evangélicos e ruralistas para dominar a Comissão de Direitos Humanos e, dessa forma, brecar projetos que afetam interesses do agronegócio.Os evangélicos estão em todos os partidos. Na verdade, foi uma articulação política com todos os partidos. Isso não procede. Os direitos dos índios, dos quilombolas, das mulheres, das crianças, dos homossexuais, os direitos de todos, serão preservados dentro da comissão. Tudo vai para o voto.
Hoje, a maioria dos integrantes da comissão é evangélica. A comissão se transformou num reduto de evangélicos?Não vejo ali evangélicos, católicos, espíritas. Vejo deputados eleitos pelo voto popular. Política é articulação. Vencem os que se articulam melhor. Tenho certeza que os deputados que vão para a comissão vão cuidar de tudo de maneira bem humana. Somos sensíveis, somos cristãos, acima de tudo. O que não podem é tentar rotular a gente de fundamentalista, reacionários.
O sr. é autor de projetos polêmicos, como o que tentava sustar a decisão do Supremo que autoriza união civil entre pessoas do mesmo sexo.>Era um projeto assinado por mais de 70 deputados. Todavia, não prosperou, foi considerou improcedente pela mesa. Esse projeto não existe mais.
O que o sr. tem a dizer sobre o vídeo, publicado na internet, em que sr. pede dinheiro a fiéis?
Não me envergonho, eu sou crente, sou evangélico. Nossas igrejas vivem de doações, como a Igreja Católica e todos os movimentos que precisam do amparo das pessoas. Os partidos políticos precisam das doações dos seus fiéis. O petista doa uma porcentagem do salário ao partido. Não me envergonho disso. Usaram esse vídeo para tentar me difamar.

quarta-feira, 6 de março de 2013


Marco Feliciano: Ditadura gay e direitos humanos

Tendências / DebatesDias atrás, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) foi sugerido para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Houve protestos de alguns da comunidade científica pelo simples fato de ele ser católico praticante e seu nome foi vetado. Agora é a vez de um pastor evangélico ser questionado para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados. Perseguição religiosa?
A presidência da CDHM, pela proporcionalidade entre legendas, ficou com o meu partido, o PSC. A indicação do meu nome gerou um furacão de manifestações dissimuladas pela internet por parte de militantes da comunidade GLBTT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais). Algumas me acusaram de ser racista e homofóbico.
Jean Wyllys - Cinismo Cruel
Tudo teve início quando postei na internet que os africanos são descendentes de um "ancestral amaldiçoado por Noé". Referia-me a uma citação bíblica, segundo a qual o filho de Noé, após ser amaldiçoado pelo pai, foi mandado para a África. A maldição foi quebrada com o advento de Jesus, que derramou seu sangue para nos salvar. Não usei a palavra negro, pois me referia a um povo definido por uma região e não pela cor de sua pele.
Sou pastor e prego para pessoas de todas as etnias. Nunca, nem antes nem depois desse episódio, fui considerado racista, inclusive porque corre em minhas veias sangue negro também. Amo o continente africano. Sou querido pelo povo de Angola, onde fiz trabalhos.
Sobre homossexuais, minha posição é mais tolerante do que se pode imaginar. Como cristão, aprendi no Evangelho que somos todos criaturas de Deus. Nunca me dirigi a nenhum grupo de pessoas com desrespeito. Apenas ensino o que aprendi na Bíblia, que não aprova a relação sexual nem o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Fora isso, a salvação está ao alcance de todos. Essa é a minha fé --só prego o amor e o perdão.
No entanto, esses militantes GLBTT rotulam como homofóbica qualquer pessoa que discordar de suas posições. Acusam de incitação à violência, o que qualquer pessoa isenta sabe que não é verdade. Mas, jogada ao vento, essa mentira causa estragos à imagem do acusado perante a opinião publica. Vivemos uma ditadura gay.
Cesar Habert Paciornik/Folhapress
No ano passado, tentei participar de um seminário organizado pela CDHM e presidido pelo deputado Jean Wyllys. Apavorei-me com o tema: diversidade sexual na primeira infância. Fui recebido com palavrões pelos militantes GLBTT. Foi me dado um minuto para falar, mas não consegui. A militância não permitiu.
Foi desesperador ouvir dos que ali estavam que se um menino na creche, na hora do banho, quiser tocar o órgão genital de outro menino não poderia ser impedido. Afinal, segundo eles, criança não nasce homem nem mulher e sim gênero e se descobre com o tempo. Se forem impedidos na primeira infância, sabe-se lá o que pode acontecer...
A fúria deles é por saber que questiono suas pretensões. Defendo a Constituição e ela precisaria ser alterada para aprovar suas lutas.
Não se pode tratar naquela comissão apenas desses assuntos. É preciso isonomia. Outros grupos precisam de igual atenção.
Existem assuntos que caíram no esquecimento. Os brasileiros que estão aprisionados de maneira sub-humana em diversos países como imigrantes ilegais. A demarcação das terras dos quilombolas. O tráficos de mulheres e de órgãos. O atendimento das famílias dos autistas. Os portadores de necessidades especiais. Não basta aprovar leis, é preciso saber se estão sendo respeitadas.
Por que a CDHM não questiona o Executivo sobre manter relações comerciais com um país que condena à morte pessoas por sua opção religiosa ou sexual, como o Irã?
Essa comissão é muito mais importante do que discussões rasas. Peço a Deus sabedoria para levar adiante tão honrosa missão.
MARCO FELICIANO, 40, pastor evangélico, é deputado federal pelo PSC-SP