domingo, 24 de fevereiro de 2013

Não é que eles amem tanto o comunismo… Eles amam mesmo é a ditadura!

Não é que eles amem tanto o comunismo… Eles amam mesmo é a ditadura!
Por que Yoani Sánchez, mulher de aparência frágil, fala doce e textos nada inflamados, provoca a fúria de alguns dinossauros da ideologia mundo afora, inclusive no Brasil? A resposta não é simples.  Ainda que as esquerdas contemporâneas tenham mudado a sua pauta, e já não se encontrem mais comunistas de verdade nem em Pequim (restaram alguns apenas nas universidades brasileiras), é certo que elas conservam o gene totalitário e o ódio à democracia e à pluralidade. Herdaram do passado uma concepção de sociedade que as coloca como a vanguarda da história.
Essa vanguarda seria a caudatária legítima de todas as lutas em favor do progresso, da igualdade e da justiça e, por isso, estaria habilitada a conduzir a humanidade para o futuro. Elas se consideram dotadas desse exclusivismo moral — e, em nome dele, tudo lhes seria permitido. Os que não aderem à sua pauta, pouco importa o conteúdo, seriam forças da reação, agentes do atraso, sabotadores do progresso. A história é rica em exemplos. A depender das necessidades, o comunismo internacional ora se alinhou com o nazi-fascismo “contra o imperialismo”, ora com o imperialismo “contra o nazi-fascismo”. Seus comandados defenderam com igual entusiasmo uma coisa e outra e, em ambas, vislumbraram o caminho para a redenção do homem. Afinal, os donos da história sempre sabem o que é melhor para a humanidade.
Esses grandes embates ficaram no passado. Desmoronou também a ambição de se criar um modelo econômico alternativo ao capitalismo. Setenta anos de história bastaram para evidenciar a impossibilidade, restando, a exemplo de Cuba, algumas experiências que vivem de esmagar as liberdades individuais e que se impõem pela violência. O capitalismo fatalmente chegará à ilha hoje tiranizada pelos irmãos Raúll e Fidel Castro não porque a história tenha acabado, e esse modelo de sociedade vencido. O capitalismo chegará justamente porque a história não acabou, e o estado comunista fracassou no seu intento de refundar o homem, a economia, a ciência, a natureza e até a metafísica. Não custa lembrar que as esquerdas é que eram partidárias do “fim da história”, não os liberais.
O comunismo fracassou. Curiosamente, aquele “império” ruiu mais com suspiros do que com estrondo, tais eram as suas fragilidades. Não foi o pouco de abertura econômica  proporcionada pela era Gorbachev que liquidou o modelo, mas o pouco de liberdade que ele resolveu inocular no sistema. O totalitarismo é uma doença anaeróbia do espírito. Não convive com o oxigênio da liberdade e do contraditório. Aquilo tudo foi abaixo. A existência de Cuba e da Coreia do Norte é a prova mais evidente de que o comunismo, como a humanidade o conheceu um dia, acabou. Mas as esquerdas sobreviveram com a sua mesma concepção de história.
A despeito de todos os desastres humanitários que já provocaram, continuam a reivindicar o monopólio do humanismo e da verdade e a vender a fantasia de que são as únicas forças moralmente habilitadas a nos conduzir para o futuro. Essa é a razão pela qual a noção de “crise” — entendida como um momento de transformação — é a que mais estimulou, ao longo do tempo, a imaginação dos historiadores e ensaístas de esquerda, a começar do pai original, Karl Marx. Eles julgam saber para onde conduzir a humanidade, ainda que esta, eventualmente, não queira…
Yoani provoca a fúria do governo cubano e dos esquerdistas que se manifestam sem restrições nas democracias (justamente porque o comunismo perdeu…) não porque defenda a economia de mercado — todo esquerdista sabe, hoje em dia, que não há alternativa; não porque esteja colocando em dúvida supostas “conquistas” da revolução — ela é até bastante cordata a respeito. Os furiosos protestam porque Yoani é a evidência de que o exercício da liberdade individual desconstrói a fantasia totalitária, pouco importa em que modelo econômico ela esteja ancorada. E isso vale também para o Brasil.
Vivemos, a despeito dos totalitários em voga, num regime de plenas liberdades democráticas. É uma conquista da população brasileira, não desta ou daquela forças políticas em particular. Não existe mais em nosso país um embate relevante entre os que defendem e os que atacam a economia de mercado. O mercado venceu porque é a escolha mais eficiente, mais racional e mais adequada às habilidades e às aspirações humanas. Mas permanece, sim, um confronto inconciliável entre os que acreditam nas liberdades individuais e os que entendem que estas devam se subordinar aos anseios daqueles que se apresentam ainda hoje como “a vanguarda”.
Aqueles patetas fantasiados de Che Guevara que hostilizaram Yoani, a absurda participação de um funcionário graduado do governo na conspirata armada pela embaixada cubana, as grosserias que contra ela desferiram parlamentares de esquerda, tudo isso é a evidência não de amor pelo comunismo, mas do ódio à liberdade. Com a sua simplicidade, com a sua verve mais tímida do que encantatória, com algumas formulações muitas vezes óbvias sobre o que é ser livre, Yoani não trouxe à luz apenas as violências do regime político cubano; ela conseguiu denunciar também as tentações totalitárias que ainda estão muito vivas no Brasil. Não é que essa gente que saiu urrando contra ela ainda acredite no comunismo. Mas é certo que essa gente ainda acredita na ditadura. Em Cuba ou aqui.
Por Reinaldo Azevedo

sábado, 16 de fevereiro de 2013



Coluna Rodriguiana: Ratzinger, Che Guevara. Não acho isso. Mas a 

surpresa é amiga da confusão.


No inicio dos anos 1970 o sonho tinha acabado com o fim dos Beatles. Cara o mundo tinha certeza de que tudo estava descambando definitivamente. Guerras, Ditaduras e Revoluções ainda rolavam mais não empolgavam mais. O clima estava era mesmo Black Sabbath. Mas para muitos tudo aquilo que estava rolando era mais do que inevitável. Era necessário para que todos tivessem um lugar ao sol. Brancos e Negros, Esquerda e Direita, Heteros e Homos. No neoliberalismo e na sociedade pós-moderna. Naquele momento ninguém era de ninguém. Tudo tendia ao extremo individualismo.
A década de 1960 simplesmente monopolizou a rebeldia. Demorou até que toda aquela sensação de que podemos mudar o mundo retornasse. Principalmente, porque a década de 1980 nos libertou aprisionando-nos. Explico: libertou-nos: apresentando para muitos a experiência da pratica democrática, antes mesmo de legalizada, por isso vivida com muito mais intensidade, e aprisionou-nos: entendendo a evolução tecnológica: na ficção e no cotidiano, como chave para um admirável mundo novo.
Onde as diferenças seriam superadas à medida que o tempo se tornaria muito mais dinâmico.  As ideologias com isso obviamente esquecidas. Tudo seria aceito, desde que as liberdades e os diretos fossem preservados. Em todos os níveis. A lei se transformou, portanto, no ponto nevrálgico da discussão. Putz, em um país de advogados então. Imagina na Copa. Quer dizer imagina a discussão. Que nada, muitos entendem que Lei não se discute. Cumpre-se.
Vivemos o império da lei. Do Estado racionalizado em todas as suas dimensões. Nos sobram, assim, poucos espaços, momentos para dizer um bom e velho foda-se sem sofrer com este Império. Porque ele nos sustenta. Só existe vida com segurança dentro dele. Divino é saber se equilibrar. Como o Ronaldinho: que pediu água no migué, recebeu em posição legal, cruzou e foi pro abraço com seu companheiro de equipe após o gol e falou para todos que o lance, genial, foi pura sorte. Somos Vigiados e tudo depõe contra nós.
É preciso ter serenidade na pós-modernidade. Quando assistimos as revoltas populares no mundo árabe. Muitos apressados. A mídia como sempre os apontou como libertadores. Mas hoje as ideologias são outras. Sim, as ideologias não morreram. Elas ainda existem, mas hoje são tendências, de caráter sinuoso. Difíceis de serem enquadradas na totalidade. Locais, hoje elas movem de ataques suicidas a um partido do crime.
De fato as ações pontuais são sempre as que mais vêem desequilibrando o mundo contemporâneo. Não por acaso podemos apontar a queda das torres gêmeas como o marco inicial deste contexto, em que socialmente, foram às revoluções tecnológicas pontuais, individuais, que roubaram a cena. O caráter furtivo da ação pontual, quando bem planejada de fato pode ter um caráter muito mais agregador de movimento do que o próprio processo do movimento para a ação. Pois as chances de sucesso na ação pontual são maiores. Envolve menos pessoas e a surpresa é sempre aliada da confusão.
É por isso que não poderia deixar de escrever sobre a renúncia de Bento XVI.  Apontá-la como uma ação pontual de rebeldia. Ratzinger revolucionário. Não acho isso. Mas é certamente uma situação que trouxe o elemento surpresa, para nós ovelhas e pra muitos pastores desta complexa engrenagem, industrial. Moldada a ferro e fogo que é a Igreja Católica Apostólica Romana. Bento XVI desestabilizou e desenterrou antigos desajustes deste Estado de Leis Próprias que é a Igreja Instituição Romana. Destas cinzas um novo antigo certamente surgirá.
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do meu brother: MILTON ANDREZA.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

COLUNA 8 ou 80!


COLUNA 8 OU 80!?

ninguém lê, mas ao menos desabafo...

Passarinho que outrora recebia Alpiste e cantava bonito,
agora ja nao canta mais.Cessou-se a comida boa
e agora o passarinho apenas lamenta a passagem do
cavalo celado...kkk mudei o final....

Pense comigo: Certa feita um nobre camponês
(os camponeses tambem são nobres, sao nobres
pela ação, nao pela classe social que estao inseridos certo??)
precisou ir a Roma, ele tinha tres carroças, duas
com problemas nas rodas, é obvio, claro, evidente,
que ele utilizaria a carroça melhor, com rodas boas....
é dificil entender isso?????

Se eu tenho um mercado, e vendo mercadorias (rsrs),
se eu der ou nao desconto o problema (margem de lucro
minha e nao sua mané) é todo meu, afinal,
as mercadorias e o mercado sao meus. entendeu?

a questão nao é um papa da América ou da africa,
a questão é que a pós-modernidade permite e prega a fluidez
social, um contraponto a solidez moderna. (dá-lhe Bauman)

Hoje é possível transitar da religião A para a Z tranquilamente.
o contexto impõe-se sobre a instituição...que encontra "afrouxamento"
nas bases desta.

E qual é o momento em que nasce o escândalo? O
momento em que nasce o escândalo é o momento em que se
torna público um ato ou uma serie de atos até então mantidos
em segredo ou ocultos. Bobbio, Norberto. O futuro da Democracia
2000.

Na semana passada, rendeu assunto a semana inteira: Silas Malafaia x Marilia Gabriela. O primeiro venceu de goleada...

De boazinha, a FRANÇA NÃO TEM NADA, a intervenção no Mali é puramente econômica, pra não dizer de um novo neocolonialismo do século XXI.

Ocorre que a Africa possui inúmeras riquezas minerais... para os Europeus, antes a Europa que a China...

VEM AI A MARCHA PARA JESUS 2013... AGUARDEM!!!