segunda-feira, 23 de maio de 2011

LEITURA DE APOIO - 1º 5 E 1º 6

Socialização 
é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria. É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente pela "imitação" para se tornar mais sociável. O processo de socialização inicia-se, contudo, após o nascimento, e através, primeiramente, da família ou outros agentes próximos, da escola, dos meios de comunicação de massas e dos grupos de referência que são compostos pelas nossas bandas favoritas, actores, atletas, super-heróis, etc. A Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos. É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade.A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a continuidade dos sistemas sociais.
É o processo de integração do indivíduo numa sociedade, apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere.
[editar]Tipos
§  Socialização Primária: onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
§  Socialização Secundária: todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas actividades dos países para os quais visita ou emigra etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo relativamente ao seu desempenho, assim como dos novos papéis que ele assumirá nos vários grupos a que poderá pertencer e nas várias situações em que pode ser colocado.



A Construção do Real - Resumo do livro


O autor afirma que para entendermos a sociedade precisamos olhá-la de maneira “objetiva e subjetiva”, pois trata-se de um processo dialético e não de uma seqüência temporal caracterizada por três momentos intrinsecamente ligados: exteriorização, objetivação e interiorização. Como exemplo destes três momentos, o autor diz que um sujeito externaliza seu “eu individual”, tornando-o objetivado na sociedade, ao mesmo tempo em que internaliza a partir da sociedade, os demais “eus individuais” já objetivados nela, num movimento contínuo. Porém o individuo não nasce fazendo parte da sociedade, para isso ele precisa passar por vários “processos de socialização” que acontecem sucessivamente ao longo da vida, mas que se dividem, basicamente, em dois momentos que o autor define como “socialização primaria” e “socialização secundária”. A socialização primaria é única e imprescindível na vida do indivíduo, dá-se na interiorização que acontece na infância com apreensão ou interpretação das primeiras coisas do mundo com que a criança tem contato, geralmente representado pelos pais e outros seres com os quais ela se relaciona. Nesse processo de socialização, ou seja, de interiorização, compreensão, interpretação e adequação que a criança passa para enfim chegar a fazer parte efetivamente da sociedade, o indivíduo passa a ter consciência de si próprio, dos outros e do mundo. Para isso, é preciso que se desenvolva nesse indivíduo o que o autor nomeia de “outro generalizado”, que é a somatória de papéis e atitudes que a criança presencia e assimila, depreendendo a partir deles as principais regras sociais. A linguagem também é o único conteúdo “universal”, ou seja, que todos os indivíduos interiorizam, pois cada sociedade vai disponibilizar conteúdos diferentes para que suas crianças tenham contato, com suas regras sociais próprias e assim por diante. Depois de internalizada, a linguagem torna-se o mais poderoso meio de interiorização e é por ela que se dará a apropriação de outros conceitos e regras sociais. É claro também que o indivíduo não é capaz de interiorizar “tudo” o que está disponível objetivamente na sociedade e que não se pode garantir que a interiorização de indivíduos de uma mesma sociedade aconteçam sempre de uma mesma maneira. Assim, é na socialização primaria que acontece na infância é a constituição do primeiro mundo do indivíduo e, na maioria das vezes, essa concepção é mais forte e dominadora do que todas as outras concepções que ele venha a conhecer posteriormente. O autor ressalta que a socialização primaria, assim como as regras sociais, variam de sociedade para sociedade, mas que ela só termina quando o conceito do “outro generalizado”, e todos os papéis e atitudes que ele representa, foram completamente interiorizados pelo indivíduo, que enfim, pode ser considerado parte da sociedade em que vive, pois conhece suas regras. Porém a socialização primaria não é única, total e permanente, pois toda sociedade tem divisões de trabalho e distribuição de conhecimento e, portanto, um indivíduo não pode fazer tudo ou saber de tudo. Para isso acontece a socialização secundária, na qual ocorrem as internalizações de “submundos sociais”. A socialização secundária é a internalização e a aquisição de novos conhecimentos relacionados a funções especificas e enraizados na divisão do trabalho que podem acontecer nas mais diversas esferas sociais, desde instâncias escolares até as militares. Nelas, os indivíduos internalizam novas regras sociais próprias daquele grupo em especial. A socialização secundaria também pode acontecer em etapas, pois para se chegar a um grupo social pode ser necessário ter conhecimentos e experiências prévias, como por exemplo, para se chegar a universidade tem-se que terminar satisfatoriamente o ensino básico e o médio. Essas etapas obrigatórias, como escola ou habilidades e conhecimentos específicos para se chegar a um determinado grupo social são sempre estabelecidas institucionalmente. O autor também afirma que enquanto a socialização primária depende de uma ligação emocional da criança, na secundária isso não é necessário. A idéia de que o mundo internalizado na socialização primária é único que existe pode vir a gerar muitos conflitos durante a socialização secundária, pois o indivíduo percebe que, na verdade, esse mundo é apenas o primeiro que ele conheceu dentre os muitos outros disponíveis. Serão necessários muitos e poderosos choques para desintegrar a concepção de mundo que a criança internalizou durante a socialização primaria, enquanto os mundos internalizados posteriormente, como a escola ou uma profissão, podem ser destituídos mais facilmente. Assim o “eu interior” de um indivíduo, internalizados na infância, pode facilmente conviver ou separar-se dos outros “eus” internalizados durante a socialização secundária. Do mesmo modo que uma segunda língua é aprendida “em comparação” a língua materna, se dará a socialização secundária em relação a socialização primária.

Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1719751-constru%C3%A7%C3%A3o-real/#ixzz1NDs0Xucb

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