quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O significado do Natal.
Interessantíssimo e ao mesmo tempo verdadeiro.

Por Luciano Alvarenga / Sociólogo
O natal se transformou em sinônimo de aborrecimento, chateação, endividamento e exposição ao mau humor e deselegância das pessoas.O natal transmutou-se na obrigação de presentear quem não precisa nem quer presentes, afinal, vamos às compras todos os dias o ano todo. A publicidade natalina, que se iniciou no início de novembro, é agressiva como um criminoso em ação. Não comprar é carregar a marca da vergonha.Vale tudo nessa briga de vender. Havia um e-mail circulando pela net em Rio Preto de que o Shopping A não havia divulgado um seqüestro nele ocorrido, e que por isso se tornava indigno de receber os ilustres compradores de fim de ano. Um olhar mais atento ao e-mail percebia que a informação era mentirosa e provavelmente plantada por algum lojista de fora do Shopping A.Se tem uma coisa que a maioria dos comerciantes não tem é espírito natalino, o que lhe interessa são as vendas, seu espírito natalino ele deixa em casa para quando chegar depois de tudo vender. A maioria das pessoas trabalha até o dia 24, mesmo assim conseguem no período da noite ir até ao centro da cidade ou aos shoppings comprar seus míseros presentes a quem deles não precisa.O comércio começa vendendo para esta festa no mês de novembro e vai dezembro todo, quando não avança por janeiro. Por outro lado, a festa natalina da maioria das pessoas começa dia 25 de manhã e termina dia 25 depois do almoço. Esquisito, para as pessoas que deveriam festar o natal, apenas um dia, às vezes meio, para o comércio dois meses de alegria.Afora tudo isso, mesmo um dia de festa nem sempre termina bem. Presentear quase sempre é um ato de rancor, rancor pela gratidão que não há, pelo abraço que não veio, pelo obrigado vazio e quase inaudível, pelo olhar desviado, pela vida que não se viveu, pela contas que não conseguimos mais esquecer, pelos natais sem presentes e bem mais felizes, tranqüilos e leves que haviam no passado.Mas antes de chegarmos ao “grande” dia, tem o trânsito, tem a estupidez e a ignorância das pessoas, os atendentes das lojas com seus salários de fome e carga horária extenuante, tem a briga por uma vaga no Shopping que quase sempre se conquista depois de agredir alguém ou ocupar a vaga de idoso e deficiente. Tem o atropelo de pessoas mais fortes e mais jovens que não se importam de passar na sua frente. Tem os buracos nas calçadas e nas ruas, o lixo que se amontoa em todo lugar, a falta de tempo em resolver tudo o que precisa e que na verdade não é possível tratar em apenas poucas horas. Têm o aumento dos pedintes, e entre eles, agora, os adolescentes que pedem dinheiro para “pagar minhas contas”. As caminhonetes gigantes símbolo do complexo de inferioridade de muitos. Os carros mal estacionados ocupando duas vagas e irritando todo mundo. Enfim, tudo que é muito chato se aperta e acontece ao mesmo tempo no natal.Se olharmos bem natal é uma droga; a droga que anima o comércio e o mantém viciado nas vendas. A maioria das pessoas se pudesse pularia para o dia 3 de janeiro para evitar o fim de ano. Aliás, outra coisa chata, virada de ano. Virada de ano e a cobrança para passar em algum lugar legal; legal é aonde todo mundo vai e que se diz que é legal. Legal é qualquer lugar que não seja aqui. Virada de ano é branco, e o comércio que não vendeu tudo vende agora o branco que sobrou. Virada de ano é estrada lotada, carro parado, marido bêbado, criança chorando, mulher indignada.Depois de uma semana de tormento, de volta a rotina, ao trabalho mal pago, e as lembranças que já esquecemos. Ahh, as dívidas com o governo, com as escolas...Esqueci de falar daquele cara que nasce no Natal. Ano que vem eu falo.Luciano Alvarenga, SociólogoTwitter @lucaalvarenga
Postado por Luciano Alvarenga às 18:29

Luciano Alvarenga
É Sociólogo e Mestre em Economia pela Unesp Visualizar meu perfil completo
2010, Mesmas ações, mesmos resultados!

Feliz ano novo! Todos se abraçam, alguns rindo outros chorando. Muitos dormindo de sono outros de bêbados, alguns fazendo as pazes, outros brigando, muitos nascendo para a vida, outros deixando de viver.
Os desejos de felicidades, muita paz, alegria, vitórias, sonhos a realizar, muita saúde estão na ponta da língua. Neste momento, criamos coragem e abraçamos a todos. Parece que um espírito de entusiasmo, de esperança se “apodera” de nós, afinal mais um ciclo se inicia.
Mas este momento passa, e nos deparamos então com todas aquelas situações, circunstancias do cotidiano que exigira de nós domínio próprio, perseverança, otimismo, fé, garra, determinação etc. e ai? Qual será a nossa reação?
O Ciclo de doze meses é novo mas para que o ano seja realmente novo devemos apresentar na pratica novas reações, gestos mais nobres, palavras coesas e ações mais efetivas. Caso contrario 2010 será mais do mesmo. Quero dar um exemplo que vi na tv esses dias.
Uma jovem entrou em um estabelecimento comercial com outras amigas se comportando de maneira indevida, perturbando o ambiente. Ao ser reprimida, sentiu-se mal tratada e levou a afronta consigo, em seu coração. Apresentou a queixa ao irmão que alguns dias após retornou ao local para tirar satisfações com o causador da rixa. Ambos saíram para fora do local e o funcionário do estabelecimento esfaqueou o rapaz que viera tirar satisfações e este faleceu ali mesmo.
Tudo isso teria sido evitado, se as pessoas aprendessem a perdoar afrontas, a se esquivar de confusões, a buscar a paz ao invés da razão. 2010 não será novo se trouxermos com ele os mesmos sentimentos mesquinhos e preconceituosos.
Só teremos um ano realmente novo se soubermos lidar com tais situações, se agirmos diferente diante de situações que temos sucumbido. Permita que o outro tenha razão e prefira um coração leve, sem desavenças. 2010 será realmente novo se colocarmos em pratica o que desejamos logo no seu inicio um ao outro. Não apenas deseje a paz, mas viva a paz e viva também tudo o que desejar a outrem.
Portanto, 2010 será realmente novo, se perdoarmos mais, se amarmos mais, se respeitarmos mais, se fizermos mais do que temos falado, se abraçarmos mais, se beijarmos mais, se sorrirmos mais, se ouvirmos mais, se falarmos mais, se cuidarmos mais de nossa saúde física, mental e espiritual, se considerarmos mais, se lermos mais, se aumentarmos a nossa fé...o que quer que façam a você faça aos outros.

Quanto ao relacionamento com Deus, também será o mesmo se continuarmos na mesma toada, lendo da mesma maneira e quantidade a tua palavra, ouvindo uma mensagem por um ouvido e saindo por outro. O profeta Oséias (6:3) deixou a receita, uma delas, a questão é se estaremos dispostos a colocar em pratica ou não o “conhecer e o prosseguir em conhecer ao Senhor”. Jr. 29:13 – “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”.

Estamos a algumas horas de 2010. Será novo se decidirmos que o nosso pensar, o nosso agir e o nosso falar seja diferente deste ano que já se faz passado.

Leia Fl. 4:8
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro,tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

UMA ANÁLISE DA EXISTENCIA DE DEUS

O Argumento da mudança.

O mundo material que conhecemos passa por transformações constantemente. Para onde quer que olharmos veremos um processo de alteração. Para ser mais preciso, vemos por exemplo um caminho aberto pela passagem de simples pedestres. Há uma ação externa e amanha esse caminho se transforma em uma calçada. Ou ainda uma árvore na floresta hoje e amanha sob um prato de comida como mesa.
Falamos aqui de mudanças no mundo material. Ao partirmos para o mundo cosmológico, essa idéia de transformação nos alucina ainda mais.
Um dos erros reconhecidos de um dos homens de destaque intelectual do século XX, Albert Einstein, foi analisar o universo e verificar que este era estático, sem movimento. Erro reparado entende-se então que o universo não é estático, mas que se expande e continua se expandindo. Neste momento ele se expande.
Uma expansão que não foi “startada” por nós humanos. Portanto, houve, há, e de continuo ocorre uma transformação no universo. Nos exemplos da calçada e da mesa houve uma ação humana. Mas e no caso do Universo? O universo na condição que se encontra hoje não pode ser o responsável pelo seu próprio estado, ou seja, na condição que se encontra agora. Em outras palavras, “quando algo chega a um determinado estado, este estado não pode produzir sua própria existência”. Para que algo seja transformado, há a necessidade de outras coisas, personagens, forças que participem e se envolvam no processo de alteração.
“Nada muda a si próprio”.
Dessa forma, se o universo tem se movido, expandido, é necessário uma ação externa. Se nada muda sozinho, podemos então a começar a pensar em algo fora do universo. O argumento da Mudança nos leva a pensar em um ser que molda o universo. Um ser alem do universo.

Denis
09-09-2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A TUA PRESENÇA É REAL

A TUA PRESENÇA É REAL

Entendo que a presença pode ser visível e perceptível. Visível porque vemos com nossos próprios olhos, contemplamos o formato, o jeito, as características, pois existe uma forma. Quando uma pessoa chega em um determinado ambiente, fechado ou não, percebemos, o movimento de sua chegada chama a atenção. Alias, tudo o que se move move o nosso olhar. É assim com as pessoas, e também com inúmeros objetos que não tem vida, mas por forças mecânicas e outras também se movem, como as folhas nos galhos das arvores e assim vai.
Mas existe também uma presença que não é perceptível, percebida pelos nossos olhos.
Não conseguimos ver como vemos uma arvore ou um livro, mas podemos contemplar pelos olhos da fé. Me refiro a presença de Deus.
A presença de DEUS é real quando a buscamos em espírito e em verdade. Muitas pessoas buscam a presença de Deus, muitos homens de todos os continentes buscam Deus, mas só existe uma categoria de pessoas que Deus busca, Ele busca aqueles que o procuram, que o buscam em espírito e em verdade. Para estes, Ele revela sua presença, através da nuvem da tua glória, conforme Ex 40:37.
Em tempos modernos tem-se tido um alto custo para se buscar a presença de qualquer coisa, afinal buscar a presença requer tempo, e como sabemos no capitalismo tempo é dinheiro e como o resultado desta busca pela presença de Deus não resulta em bem palpável, muitos deixam pra lá. Porem, este deixar pra la pode resultar em problemas.
O Rei SAUL desprezou a presença de Deus e buscou refugio na feiticeira de Em-dor, que resultou em sua morte. Ele não morreu porque buscou informações em uma feiticeira, sua morte espiritual e por conseqüência física começou no momento em que seu desejo de estar na presença, obedecendo e fazendo a coisa certa deixou de existir. Longe da presença de DEUS a probabilidade de cometermos graves equívocos é grande. Longe da presença de Deus nos aproximamos das trevas. Longe da presença de Deus os caminhos são confusos. Longe da presença de Deus deixamos de saber quem realmente somos.
Na presença de Deus ouvimos sua voz pela palavra, então os equívocos certamente serão mínimos, na presença de Deus estamos na luz, na presença de Deus os caminhos são claros, em sua presença sabemos quem somos. A Bíblia nos instrui que os caminhos do Senhor são perfeitos e retos. Para enxergarmos este caminho basta entrarmos e permanecermos em sua presença.

A presença de Deus não esta no átrio, não esta no pátio, ou no lugar Santo. Ela esta alem do véu, no Santo dos Santos. É lá que devemos permanecer!

Denis
19-08-2009

sábado, 4 de julho de 2009

UM DIA DE PODÃO

Como de praxe, após o almoço, subi ao vestiario escovar meus dentes. No caminho, ja ciente da dispensa de um amigo de trabalho e com muito pesar, andava pensando na possibilidade da minha dispensa.
Em poucos passos passou um filme em minha mente. No trajeto, um "colaborador" me pergunta: "- E fulano, foi embora?"
Minha resposta foi um breve aceno com o polegar para baixo. Na porta do vestiario, dois colaboradores (eu fico imaginando a reação do véio Marx, ja falecido, ao saber que a classe proletfária ganhou um novo nome) conversavam em voz baixa, quase aos sussurros. Ao entrar no vestiario ouço conversas de despedidas. Desculpas por desavenças passadas, coisas do tipo: "me desculpe se te magoei alguma vez, voce sabe, aqui dentro...", ou ainda coisas do tipo "é sempre assim, quem realmente trabalha eles mandam embora...", na atmosfera desse medo, fui surpreendido por um dialogo, outro "colaborador", me abordou desabafando: "conversei com meu cacique, pedi uma reza ao meu pajé, nao posso sair agora, preciso de mais tres anos para me aposentar". Tranquilizei-o enquanto guardava meus pertences odontologicos.
Como nao sou de ferro, despedi-me de um dos despedidos.
Na volta ao meu departamento, sou abordado novamente, desta vez, mais de perto: "e ai, chato, né?" Respondi que maquina parada é complicado...
Os olhares se cruzam, o clima é de desconfiança. Paira uma nuvem de incertezas, parece filme do FRANKSTEIN. auuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!
Chego enfim ao local da "colaboração". Ha um grupinho reunido. A vítima ferida pelo podão la esta. Me seguro para nao chorar.
Me despeço, um abraço frio, meio desengonçado digo algumas palavras de ânimo. Conto uma ou duas piadas motivacionais, todos riem...
A vitima se vai, a rodinha se fesfaz. No gerenciador de mensagens eletronicas uma nova mensagem. O tema, DESPEDIDA! Outra vitima do podão.

Aprendi na faculdade que o homem é simplesmente o apendice da máquina.
Mas aprendi hoje na pratica, que a cirurgia para a retirada do apendice é realizada sem anestesia.

Denis
01.07.2009