Chama
a atenção a pesquisa publicada pelo Diário da Região, do instituto UP, no dia
05.08.2012 sobre as intenções de voto aos candidatos a prefeito da cidade.
A
publicação pelo jornal Diário da Região, no dia 05.08.2012, de uma pesquisa de
intenção de votos com 5 pontos de margem de erro é um destes momentos da
imprensa que poderia ter sido explorado de outra maneira. O fato de a pesquisa
ter sido elaborada com uma margem de erro de 5 pontos é uma informação
fundamental que deveria ter aparecido na publicação referida com muito
destaque.
O
padrão de variação costumeiramente utilizado por Institutos de pesquisa,
inclusive aqueles ligados a jornais, é de 2 pontos percentuais que é o mais
próximo a que se pode chegar confiavelmente da realidade no momento da
pesquisa. A pesquisa feita pelo instituto UP, responsável pela pesquisa em
questão e publicada pelo referido jornal, não poderia ter vindo a público sem
um aviso do jornal a respeito da imensa margem de erro. Margem essa tão larga
que a pesquisa mais desinforma do que informa.
A
informação que diz que o Valdomiro pode ter 37% de votos, mas também pode ter
32 ou 42% não está dizendo nada. Mesmo assim foi publicada em manchete no
principal dia do jornal, domingo, e sem nenhum esclarecimento. Creio seja papel
da imprensa refletir sobre tais dados e informar seu leitor a respeito do fato
de que o dado que ele lê no jornal está manipulado pelos critérios definidos
por quem fez a pesquisa. Dizer em algum lugar que a pesquisa tem 5% de margem
de erro e não dizer ao leitor o que isso significa, é informar pela metade.
“Valdomiro
lidera com folga corrida eleitoral” é uma ilação do jornal. Tendo em vista que
a margem de erro pode dizer exatamente o contrário disso. Valdomiro pode ter
32% das intenções de voto e Rillo ter 25%; ora isso não é folga. Maurício
Bellodi pode ter 6,2% e Manuel Antunes 7,9%. Ou seja, outra realidade. Ou a
realidade que ficou escondida?
Sendo
assim, a pesquisa publicada tal como foi prestou-se mais a manipulação dos
números por quem quer que seja do que informou o leitor do jornal, o maior
interessado que isso tivesse sido feito de maneira mais isenta. Luciano Alvarenga
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